sábado, junho 14, 2008

HISTÓRIA DA SINUCA

HISTÓRIA DA SINUCA

Nada se sabe com certeza sobre a origem do bilhar. Modernamente, as primeiras citações do bilhar aparecem em livros editados nos séculos XVI e XVII.

Por volta de 1800, o jogo já se apresentava mais ou menos como é hoje. Antes dessa data, a mesa costumava ser coberta por uma série de obstáculos, como pinos, arcos de ferro, etc., que as bolas deveriam atravessar ou circundar. As caçapas eram originalmente buracos cortados na superfície da mesa.

O taco com que inicialmente as bolas eram impulsionadas sofreu gradativas transformações, e em fins do séc. XVIII a ponta do taco era perfeitamente chata. Mais tarde foi ligeiramente arredondada; e finalmente descobriu-se que a aglutinação ao taco de uma ponta de couro, fibra ou plástico, permitiria jogadas mais perfeitas.

As bolas de bilhar antigamente eram feitas de marfim. No séc. XX começou a ser usada uma bola termoplástica, obtida de uma mistura de nitrocelulose, cânfora e álcool. A partir de 1920, as bolas passaram a ser de resina sintética, que são mais duravéis e possuem maior brilho em relação às bolas de marfim.

O bilhar possui as seguintes modalidades:
- Bilhar inglês
- Bilhar francês
- Bilhar de 3 tabelas
- Bilhar de bolso
- Snooker

O termo sinuca, é uma adaptação moderna do inglês snooker, nome com que a modalidade do jogo foi introduzida no Brasil a partir de 1889. De todos os jogos de bilhar, a sinuca (snooker) é sem dúvida o mais popular no Brasil.



ORIGEM DA SINUCA
A origem dos "jogos do bilhar" é reivindicada por muitos países, como Inglaterra, França, Espanha, Itália, China e outros.

Nos antigos escritos de muitos povos há referências sobre jogos de bolas impulsionadas por hastes de madeira de formas variadas.

Uma das mais antigas, relatando jogos de semelhanças com o bilhar, é do tempo do filósofo Anacarse, da Grécia do século VI aC. Existem gravuras citadas como originais, de 1480, com jogo de tacos e bolas sobre campo gramado.

Referências mais objetivas datam do século XVI e XVII, como na edição de 1591 em "Mother Hubberd's" (História de Mãe Hubberd), de Edmund Spenser, e de 1623, em "Antony and Cleopatra" (Antônio e Cleópatra), de Shakespeare.

Na França, até a Revolução de 1789, jogos similares eram praticados pela nobreza, e ninguém podia instalar um "bilhar público" sem antes obter autorização especial "da Coroa".

Para alguns historiadores, a origem do bilhar está na transferência do jogo francês "Croquet" para os salões, no qual bolas coloridas eram impulsionadas por meio de uma espécie de "martelo", chamado de "massa". As bolas, em determinada seqüência, eram jogadas umas contra outras e através de uma série de arcos no solo, as vezes "complicado" com a inclusão de "buracos".

Gravuras da época mostram jogadores usando hastes com ponteiros em forma de "espátulas", também chamadas de "massas", para impulsionar as bolas através de arcos, obstáculos e buracos sobre a mesa, que teria a cor verde para lembrar o gramado do jogo original. Essa teoria é abordada por Júlio Rostaing, ao prefaciar o livro "Manual do Jogo de Bilhar" de Deésiré Lemaire.

Até essa época os bordos das mesas não tinham qualquer "elasticidade" e ainda não eram conhecidos "efeitos especiais" no jogo, embora as bolas já fossem de marfim.

Por volta de 1755 os franceses deram destaque e popularidade para o jogo de "carambola", usando apenas 3 bolas, uma vermelha e duas brancas, ainda usando pinos, arcos, "buracos" e outros obstáculos, e usando ainda as "massas" para a impulsão.

Em 1807, Mingot, um capitão de infantaria francês preso por motivos políticos, resolveu se entreter em uma mesa de bilhar disponível na prisão.

Nas suas experiências criou o taco na forma afilada como ainda hoje é usado, adaptando na ponta um disco de "sola de sapato". Conta-se que, quando avisado estar livre, pediu para permanecer mais um tempo na prisão praticando o jogo. Saiu dali direto para os bilhares públicos de Paris, assombrando a todos com as suas "bolas enfeitiçadas" que, após pequeno deslocamento para a frente, retrocediam.

Nessa época o jogo evoluiu, predominando o Bilhar ("carambola") e identificando uma das brancas com dois pontos pretos opostos, batizada de "mingo", em homenagem a "Mingot", e abolindo os "buracos" e os obstáculos nas mesas.

Surgiram outros especialistas, como Sauret, que descobriu os "efeitos" para a "direita" e "esquerda", Paysan, que introduziu o "retrocesso curvo", e outros.

Em 1826 o fabricante inglês John Thurston testou a substituição do tampo de madeira pela pedra ardósia, que foi definitivamente adotada a partir de 1840. Foi também ele que, em 1835, introduziu nas tabelas as bordas de borracha, com uma tubulação onde circulava água quente, para evitar a redução da elasticidade pelo frio.

Em 1845 esse inconveniente foi abolido, com a vulcanização da borracha, e a primeira mesa de bilhar com os novos materiais, já similar às atuais, foi doada à rainha Vitória. Em 1870 as bolas de marfim, que constantemente precisavam ser recondicionadas por perder sua esfericidade, começaram a ser substituídas por materiais alternativos.

Na época as variedades de jogadas e efeitos obtidos com as três bolas despertaram a atenção de cientistas, que iniciaram os estudos das leis matemáticas reguladoras de tais efeitos, surgindo em 1835 a obra "Théorie Mathématique des Effets du Jeu de Billard" (Teoria Matemática dos Efeitos do Jogo de Bilhar), do matemático francês Gaspard Gustave de Coriolis, descrevendo as fórmulas matemáticas de cada uma das jogadas e efeitos, seguida por diversas outras edições e de muitas matérias em jornais e revistas.